Tudo o que a boca come
Orixá
come: “tudo o que a boca come”, ensinamento repassado de pai para filho, nas
religiões de matriz africana, mais especificamente no candomblé. Trata-se de um
ensaio fotográfico documental/contemporâneo de comidas afro-brasileiras
utilizadas em culto religioso, conhecidas popularmente como oferendas, que
acabaram entrando no contexto comercial, assumindo muitas vezes a principal
fonte de renda familiar, surge como reflexão sobre o mundo contemporâneo e a
substituição, desapropriação ou re-contextualização de crenças, valores e
tradições, de forma a negar, mutar ou re-significar o contexto inicial; o
trabalho surge com o caso da “comercialização indevida” de alimentos
afro-brasileiros, mais especificamente o acarajé, colocando em discussão as
indicações do titulo de patrimônio imaterial concedido às Baianas do Acarajé (IPHAN,
2007). Faz ainda relação às estreitas barreiras entre o profano e sagrado, ao
mercado publicitário/consumo versus ritos religiosos.
Trabalho de: Miriane Figueira - Colaboradora do Coletivo Marquise
Trabalho de: Miriane Figueira - Colaboradora do Coletivo Marquise
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