19 setembro 2014

Kenyatta A. C. Hinkle, e a diáspora africana.

E quando você encontra um referencial que muda completamente sua perspectiva de pesquisa?
Sim, foi o que aconteceu quando conheci as obras de Kenyatta A. C. Hinkle. 
Em parte de suas obras, a artista significa positivamente o imaginário afro, e após uma vasta pesquisa em imagens fotográficas de negros, cria novos sentidos, lindamente. A artista preocupa-se fundamentalmente com as questões de visibilidade e visões reais e imaginárias sobre a diáspora e conflitos utilizando para isso imagens do povo negro.

"Desde os meus cinco anos de pesquisa eu descobri que muitas imagens foram tiradas de mulheres a amamentar. Alguns são construídos de forma a parecer que a mãe ea criança estavam participando de um ato sexualizado. Eu queria aproveitar este momento supostamente íntimo que é capturado pela câmera e torná-lo hiper criando organismos que parecem capa, intrometer, cobrir e proteger a mãe e a criança, tudo ao mesmo tempo."










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10 setembro 2014

Diretamente da sala de recuperação, Ji Yeo e os padrões estéticos.

Vamos falar de padrões estéticos? Simmmmm! 
Faz um bom tempo que estamos nos ensaiando para postar o trabalho da fotografa documentarista Ji Yeo, com a série Beauty recovery room. Então, vamos lá, chegou a hora, risos. 
A fotógrafa opta por fazer retratos de mulheres ainda na sala de recuperação, logo após cirurgias estéticas, sugerindo assim, a dor por um padrão estético imposto. Em seu trabalho, preocupa-se em fotografar apenas mulheres ocidentais - ou suas peculiaridades -  um exemplo disso são as regiões modificadas,  no Ocidente os reparos estéticos estão em geral relacionados ao rosto, onde estas  mulheres decidem afinar o nariz, aumentar os olhos ou diminuir as maças do rosto, diferente das cirurgias estéticas realizadas na América, que em geral são correções em seios, quadris e nádegas. 

Preparem o coração.















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08 setembro 2014

Assentamento de Rosana Paulino

Olá Marquisianos, 

Estivemos sumidos, sabemos. Mas foi por uma boa causa, estamos de volta e cheios de conteúdos supimpas para vocês. 

Vamos abrir os caminhos de retorno com Rosana Paulino, que é grande inspiradora para pesquisadores de arte negra. 
Na obra de Rosana (chamo assim pois já estou me achando íntima, risos), podemos encontrar algumas questões que nos encantam um bocado, dentre elas: Relações de gênero principalmente relacionadas a mulher, por conseqüência questões raciais, sim, vamos falar sobre o protagonismo da mulher negra (ou ausência e/ou conseqüência geradas pela ausência dele)! 
A artista utiliza de técnicas mistas e uma infinidade de suportes. Em seu último trabalho (vamos nos conter em falar apenas dele), que recebe o nome de Assentamento, em uma instalação, utilizou impressão sobre tecido, bordado, madeira, vídeo e tablets; tudo isso ligado a uma ação educativa pra lá de bacana.  Para que assim, se façam questionamentos sobre as conseqüências que escravidão trouxe, seus fardos e traumas. 
Não é lindo?! 



















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