12 dezembro 2012

EM TEMPO - em parceria com "O Coletivo"



             
               Oferecer uma experiência para aguçar o olhar das pessoas sobre o mundo em que vivem e fomentar a reflexão sobre este olhar e sobre esta experiência.
             Levantar questões sobre a fragilidade da vida cotidiana das pessoas em um grande centro urbano. Sobre o terrorismo psicológico que o mundo global nos inculcou em relação ao outro. Sobre o medo que temos de tudo e de todos. Sobre a velocidade em que as coisas acontecem no mundo contemporâneo globalizado, a falta de tempo, e o modo automático como enfrentamos a vida, sem nos darmos conta do que acontece ao nosso redor.

Performer: Zé Ronaldo Ribeiro
Câmera e edição: Javã Társis
Concepção: Lucri Reggiani 
                     Maysa Souza
                     Miriane Figueira
                     Priscila de Morais
             

10 dezembro 2012

Sozinho




"Um homem pode ser ele mesmo somente enquanto ele está sozinho, se ele não ama a solidão, ele não vai amar a liberdade, pois é somente quando ele está sozinho, que ele é realmente livre. "
-Arthur Schopenhauer

06 dezembro 2012

Ponto de Vista



“Retirar o objeto do seu invólucro, destruir sua aura, é a característica de uma forma
de percepção cuja capacidade de captar ‘o semelhante no mundo’ é tão aguda, que
graças à reprodução ela consegue captá-lo até no fenômeno único.”
-Walter Benjamin

O tema desse trabalho é uma critica ao excesso da manipulação digital que vem sido utilizada por grande parte dos fotógrafos atuais. Em um tratamento da imagem, a busca de uma fotografia perfeita, esteticamente correta.

Tudo o que a boca come

Orixá come: “tudo o que a boca come”, ensinamento repassado de pai para filho, nas religiões de matriz africana, mais especificamente no candomblé. Trata-se de um ensaio fotográfico documental/contemporâneo de comidas afro-brasileiras utilizadas em culto religioso, conhecidas popularmente como oferendas, que acabaram entrando no contexto comercial, assumindo muitas vezes a principal fonte de renda familiar, surge como reflexão sobre o mundo contemporâneo e a substituição, desapropriação ou re-contextualização de crenças, valores e tradições, de forma a negar, mutar ou re-significar o contexto inicial; o trabalho surge com o caso da “comercialização indevida” de alimentos afro-brasileiros, mais especificamente o acarajé, colocando em discussão as indicações do titulo de patrimônio imaterial concedido às Baianas do Acarajé (IPHAN, 2007). Faz ainda relação às estreitas barreiras entre o profano e sagrado, ao mercado publicitário/consumo versus ritos religiosos. 
Trabalho de: Miriane Figueira - Colaboradora do Coletivo Marquise 


"Do lugar onde estou, já fui embora". Manoel de Barros

 Miriane Figueira, descobre-se a série “Do lugar onde estou já fui embora” composto por 8 fotografias multiladas pela própria artista anteriormente, em uma fuga para diminuir os traumas da vida, ausência, saudade, e incapacidade de unir laços desfeitos por uma fatalidade. Encontram nos recortes feitos anteriormente, a ausência do outro, dispõem estas fotografias em forma de objeto, onde o expectador poderá criar a própria narrativa, mover as peças e aproximar-se tal qual objetos pessoais, em paralelo distribuem pequenos amuletos afetivos, a “amíude” do amor que pulsa, presenteia os espectadores com fragmentos de fotografia, para serem carregados consigo, pedaços de suas memórias mais íntimas, distribuídas a desconhecidos. Amiúde carrega em imagens 3x4, como uma espécie de quebra cabeças contendo a imagem recortada, que só poderá ser vista/montada na presença de todos os visitantes (pois cada um carrega consigo uma peça), assim revelará a estes a imagem do amor que vida.  
Trabalho de: Miriane Figueira - Colaboradora do Coletivo Marquise 

























Geralmente quando excluímos alguém de uma foto é por raiva. Uma pessoa é cortada com tesoura (ou Photoshop) como que este ato garantisse revanche ou formalizasse a separação íntima ou mesmo social. Neste ensaio de Miriane, os recortes são amorosos. Ela extrai o melhor para si. Para poder abraçar aquele retalho. Guardar feito relíquia. Mirar feito janela. E lá ela se debruça. Lá ela esconde seus tesouros. O mundo todo cabe naquele retângulo branco.

Guy Veloso. Fotógrafo e curador.


SOB Memoração







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